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Ciudad del Este tem mais visitantes, mas ainda há muitas lojas em crise

Nas ruas, é cada vez maior a presença de brasileiros, nos últimos dias. Mas o primeiro semestre foi fraco.

O movimento de turistas brasileiros em Ciudad del Este é bom. No feriadão de 7 de Setembro, foi ainda melhor.

Isso anima e gera otimismo entre os comerciantes. Mas o jornal La Clave observa que, mesmo assim, muitas lojas estão longe de se recuperar da crise provocada pela pandemia no Paraguai, com o fechamento da fronteira com o Brasil.

Ainda há comerciantes que não conseguem cumprir seus compromissos mensais, o que inclui pagamento dos salários a funcionários, pagamento de aluguéis e a fornecedores, entre outros custos fixos.

O jornal ouviu empresários que dizem que o primeiro semestre deste ano teve vendas inferiores à esperada e, ainda, se viu afetado pela “brutal segunda onda de covid-19”, desde o início de março, com mais força em Foz do Iguaçu.

A empresária Natalia Ramírez Cham afirma que, 11 meses depois da reabertura da Ponte da Amizade e da volta ao trabalho no microcentro comercial, ainda há grandes dificuldades.

Muitos lojistas são obrigados a reduzir o preço das mercadorias para poder movimentar o estoque existente e gerar dinheiro em caixa.

Segundo a empresária, se a situação não mudar agora no segundo semestre, haverá mais demissões e fechamento de lojas.

LOJAS FECHADAS

Um agravante para o comércio de Ciudad del Este é o aumento dos fretes marítimos da Ásia, de onde provém a grande maioria das mercadorias adquiridas pelas lojas.

Muitos comércios, aliás, ainda continuam fechados. Isso significa que os donos de galerias que alugam os espaços estão sem fazer capital.

Desde o fim de semana passado, o movimento de turistas em Foz do Iguaçu aumentou, já que a ele se seguiu o feriadão da Independência. Quanto mais gente em Foz, maior a procura por Ciudad del Este.

“Ainda que não tenham se concretizado vendas em grande escala, como nos anos anteriores, esta leve melhoria nas vendas e a visita de turistas ao menos nos fazem esperar com mais otimismo os meses que restam para chegar ao final de ano”, disse Ramírez Cham.

VANGUARDA TECNOLÓGICA

Até mesmo o comércio de vias públicas foi beneficiado com o incremento de visitantes brasileiros.

“Em Foz do Iguaçu estão trabalhando muito para trazer mais turistas, e isso nos beneficia. Muitos vêm pelas Cataratas, mas outros também passam por aqui, atraídos pelas compras que podem fazer em Ciudad del Este”, afirmou um dos comerciantes de vias públicas, Jorge Fretes.

Para ele, o turista sempre será atraído por Ciudad del Este. “Aqui, apesar da crise, há de tudo e sempre estamos na vanguarda, em matéria de tecnologia, e isso atrai”, completou.

Claudio Dalla Benetta – H2FOZ