O que encontrei na misteriosa ilha tropical que não querem que você veja
- Alice Cuddy
- Role,BBC News
- Há 3 horas
Diego Garcia, uma ilha remota no Oceano Índico, é um paraíso de vegetação exuberante e praias de areia branca, cercadas por águas azuis cristalinas.
Mas não é um destino turístico.
A ilha abriga uma base militar altamente secreta do Reino Unido e dos EUA, envolta em rumores e mistérios por décadas — estritamente fora do alcance da maioria da população civil.
Administrada a partir de Londres, a ilha está no centro de uma longa disputa territorial entre o Reino Unido e as Ilhas Maurício, e as negociações se intensificaram nas últimas semanas.
A BBC obteve acesso sem precedentes ao território no início deste mês.
«É o inimigo», brinca um agente de segurança particular quando volto para meu quarto uma noite em Diego Garcia, com meu nome destacado em amarelo em uma lista que ele está segurando.
A BBC lutou durante meses para ter acesso à ilha — a maior do Arquipélago de Chagos, no Oceano Índico.
Queríamos cobrir um julgamento histórico que está sendo realizado sobre o tratamento dado aos tâmeis do Sri Lanka, as primeiras pessoas a solicitar asilo na ilha, que estão sendo mantidas lá há três anos. Foram travadas batalhas judiciais complexas sobre seu destino, e uma sentença vai determinar, em breve, se elas foram ocupadas e mantidas ilegalmente.
Até este momento, só podíamos cobrir a história remotamente.
Diego Garcia, que fica a cerca de 1.600 km da massa terrestre mais próxima, aparece nas listas das ilhas mais remotas do mundo. Não há voos comerciais, e chegar lá pelo mar tampouco é fácil — as licenças para barcos só são concedidas para as ilhas periféricas do arquipélago e para permitir a passagem segura pelo Oceano Índico.
Para entrar na ilha, é necessário obter uma autorização, concedida apenas a pessoas ligadas à instalação militar ou à autoridade britânica que administra o território. Os jornalistas têm sido historicamente barrados.
Os advogados do governo do Reino Unido entraram com uma ação judicial para tentar impedir que a BBC participasse da audiência e, mesmo quando a permissão foi concedida após uma decisão da Suprema Corte do território, os EUA se opuseram posteriormente, dizendo que não forneceriam alimentação, transporte ou acomodação àqueles que tentassem chegar à ilha para o julgamento, incluindo o juiz e os advogados.
Correspondências trocadas entre os dois governos nos últimos meses, às quais a BBC teve acesso, sugerem que ambos estavam extremamente preocupados em permitir a presença de qualquer mídia em Diego Garcia.
«Conforme discutido anteriormente, os Estados Unidos concordam com a posição do HMG [sigla em inglês para Governo de Sua Majestade] de que seria preferível que os membros da imprensa observassem a audiência virtualmente de Londres, para minimizar os riscos à segurança da instalação», dizia um texto do governo dos EUA enviado às autoridades britânicas.
Quando finalmente foi concedida autorização para que eu passasse cinco dias na ilha, ela veio acompanhada por restrições rigorosas. E não abrangiam apenas a cobertura do julgamento. Também se estendiam aos meus movimentos na ilha — e havia até mesmo a proibição de informar quais eram as restrições reais.
Os pedidos para realizar pequenas mudanças na autorização foram negados por autoridades britânicas e americanas.
Equipes da empresa de segurança G4S foram enviadas ao território para vigiar a BBC e os advogados que haviam viajado para a audiência.
Mas, apesar das restrições, ainda consegui observar detalhes elucidativos, que ajudaram a pintar um quadro de um dos locais mais restritos do mundo.
Ao chegar de avião, é possível avistar coqueiros e folhagens densas em todo o atol de 44 quilômetros quadrados em forma de pegada, com a vegetação salpicada por estruturas militares brancas.
Diego Garcia é uma das cerca de 60 ilhas que compõem o Arquipélago de Chagos ou Território Britânico do Oceano Índico (conhecido como Biot, na sigla em inglês) — a última colônia estabelecida pelo Reino Unido, ao separá-la das Ilhas Maurício, em 1965. Está localizada aproximadamente na metade do caminho entre a África Oriental e a Indonésia.
Ao caminhar pela pista, ao lado de aeronaves militares cinzentas, uma placa em um hangar recepciona os recém-chegados: «Diego Garcia. Marca da liberdade», acima de imagens das bandeiras dos EUA e da Grã-Bretanha.
Esta é a primeira de muitas referências à liberdade nas placas de sinalização da ilha, uma alusão à base militar do Reino Unido e dos EUA que está lá desde o início da década de 1970.
Os acordos assinados em 1966 arrendaram a ilha aos EUA inicialmente por 50 anos, com uma possível prorrogação por mais 20 anos. O acordo foi renovado em 2016, e agora está previsto para expirar em 2036.
Enquanto eu passo pela segurança do aeroporto e por outras áreas, as influências dos EUA e do Reino Unido disputam a hegemonia, visual e em termos práticos.
No terminal, há uma porta decorada com a estampa da bandeira do Reino Unido, e paredes adornadas com fotos de figuras britânicas importantes, incluindo Winston Churchill.
Na ilha, avisto carros da polícia britânica e uma casa noturna chamada Brit Club com o logotipo de um buldogue. Passamos por ruas chamadas Britannia Way e Churchill Road.
Mas os carros trafegam pela direita, como nos EUA. E somos conduzidos em um ônibus amarelo que lembra um ônibus escolar americano.
O dólar americano é a moeda aceita, e as tomadas também são americanas. A comida que nos foi oferecida durante os cinco dias incluiu tater tots (um popular acompanhamento americano de batata frita) e biscoitos americanos, semelhantes aos scones britânicos.
Embora o território seja administrado a partir de Londres, a maior parte da força de trabalho e dos recursos estão sob controle dos EUA.
Na tentativa da BBC de ter acesso à ilha, as autoridades britânicas encaminharam as questões para as equipes americanas. Quando os EUA impediram a realização da audiência em Diego Garcia, em julho, um alto funcionário do Ministério da Defesa disse que o Reino Unido «não tinha capacidade para conceder acesso».
«A avaliação de segurança dos EUA é confidencial… [eles] demonstraram que têm controles rigorosos em vigor», ele escreveu em um e-mail para um colega do Ministério das Relações Exteriores.
O comissário interino do Território Britânico do Oceano Índico disse que não é possível «obrigar as autoridades dos EUA» a conceder acesso a qualquer parte da instalação militar construída pelos EUA nos termos do acordo entre o Reino Unido e os EUA, apesar de ser um território britânico.
Nos últimos anos, o território tem custado ao Reino Unido dezenas de milhões de libras, sendo a maior parte deste valor classificada como «custos de migração».
Trocas de mensagens, às quais a BBC teve acesso, entre funcionários do Ministério das Relações Exteriores, em julho, a respeito dos tâmeis do Sri Lanka, alertam que «os custos estão aumentando, e a última previsão é de que vão ser 50 milhões de libras por ano».
A atmosfera na ilha é descontraída. Soldados e prestadores de serviço passam por mim de bicicleta, e vejo pessoas jogando tênis e praticando windsurfe sob o Sol no fim da tarde.
Um cinema anuncia exibições de Alien e Borderlands: O Destino do Universo. Há, inclusive, uma pista de boliche e um museu com uma loja de souvenirs anexa, embora eu não tenha sido autorizada a entrar.
Passamos por uma lanchonete chamada Jake’s Place e por um pedaço de terra pitoresco próximo ao mar com uma placa que diz: «Antiga área de natação e piquenique». Camisetas e canecas de Diego Garcia estão à venda na ilha.
Mas também há lembretes constantes da base secreta que existe aqui. É possível ouvir exercícios militares de manhã cedo e, perto do nosso alojamento, há um prédio cercado identificado como um arsenal.
O tempo todo, oficiais militares americanos e britânicos acompanham de perto a movimentação no tribunal.
A ilha tem uma beleza natural surpreendente, com uma vegetação exuberante e praias virgens de areia branca, e também abriga o maior artrópode terrestre do mundo — o caranguejo-dos-coqueiros. Os militares alertam sobre os perigos dos tubarões nas águas ao redor.
O site do Biot se vangloria de ter «a maior biodiversidade marinha do Reino Unido e dos seus territórios ultramarinos, assim como alguns dos mares mais limpos e sistemas de recifes mais saudáveis do mundo».
Mas também há pistas que remetem ao seu passado brutal.
Quando o Reino Unido assumiu o controle do arquipélago de Chagos — do qual Diego Garcia é a ilha mais ao sul —, que pertencia às Ilhas Maurício, sua então colônia, desalojou rapidamente sua população de mais de mil habitantes para instalar a base militar.
Pessoas escravizadas foram levadas de Madagascar e Moçambique para o arquipélago de Chagos para trabalhar nas plantações de coco sob domínio francês e britânico. Nos séculos seguintes, desenvolveram a sua própria língua, música e cultura.
Avisto uma antiga plantação no leste da ilha, onde as construções estão caindo aos pedaços. A casa grande, do administrador da plantação, tem uma placa do lado de fora que diz: «Perigo de estrutura insegura. Não entre. Por ordem do representante britânico.» Um caranguejo enorme sobe pela porta de uma casa de hóspedes abandonada.
Numa igreja no local da plantação, uma placa, em francês, abaixo do crucifixo diz: «Rezemos por nossos irmãos e irmãs de Chagos».
Burros selvagens ainda vagam pela região. David Vine, autor de Island of Shame: The Secret History of the US Military Base on Diego Garcia («Ilha da Vergonha: A História Secreta da Base Militar dos EUA em Diego Garcia», em tradução livre), os descreve como um «resquício fantasmagórico da sociedade que existia há quase 200 anos».
Um memorando do Ministério das Relações Exteriores, de 1966, afirmava que o objetivo do seu plano «era obter algumas rochas que permanecerão nossas; não haverá população indígena, exceto gaivotas».
Um diplomata britânico respondeu que as ilhas eram o lar apenas de «alguns Tarzans ou nativos cujas origens são obscuras e que, espera-se, sejam desejados nas Ilhas Maurício».
Outro documento do governo afirmava que as ilhas foram escolhidas «não só pela localização estratégica, mas também porque não tinham, para todos os efeitos práticos, população permanente».
«Os americanos, em particular, atribuíram grande importância a esta liberdade de manobra, sem as considerações normais aplicáveis a um território dependente povoado», diz.
Vine observa que os planos surgiram em um momento em que o «movimento de descolonização estava se desenvolvendo e acelerando», e os EUA estavam preocupados em perder o acesso a bases militares em todo o mundo.
Diego Garcia foi uma das muitas ilhas consideradas, segundo ele, mas se tornou a «candidata principal» devido à população relativamente pequena e à localização estratégica no meio do Oceano Índico.
Para o Reino Unido, diz ele, foi uma oportunidade de manter laços militares próximos com os EUA, mesmo com apenas uma «presença britânica simbólica» no local — mas também houve uma motivação financeira.
De acordo com ele, os EUA concordaram com um desconto de US$ 14 milhões na compra dos seus mísseis nucleares Polaris pelo Reino Unido, como parte do acordo secreto sobre as ilhas.
Em 1967, começou o desalojamento de todos os moradores do arquipélago de Chagos. Os cães, incluindo animais de estimação, foram reunidos e mortos. Os residentes contaram que foram conduzidos a navios de carga — e levados para as Ilhas Maurício ou para Seicheles.
O Reino Unido concedeu cidadania a alguns ilhéus de Chagos em 2002, e muitos deles foram viver no Reino Unido
Em depoimento prestado perante a Corte Internacional de Justiça anos mais tarde, Liseby Elysé, que morava na ilha, disse que as pessoas no arquipélago viviam uma «vida feliz» que «não carecia de nada» antes das expulsões.
«Um dia, o administrador nos disse que tínhamos de deixar nossa ilha, nossas casas e ir embora. Todas as pessoas ficaram infelizes. Mas não tivemos escolha. Eles não nos deram nenhum motivo», ela disse.
«Ninguém gostaria de ser arrancado da ilha onde nasceu, de ser arrancado como animais.»
Os ilhéus de Chagos lutam há anos para voltar à ilha.
As Ilhas Maurício, que conquistaram a independência do Reino Unido em 1968, sustentam que o arquipélago é seu — e a mais alta corte da Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu, num parecer consultivo, que a administração do Reino Unido é «ilegal» — e deve acabar.
O tribunal afirmou que o Arquipélago de Chagos deveria ser entregue às Ilhas Maurício, a fim de completar a «descolonização» por parte do Reino Unido.
Clive Baldwin, consultor jurídico da ONG Human Rights Watch, afirma que o «desalojamento forçado dos ilhéus de Chagos pelo Reino Unido e pelos EUA, sua perseguição com base na raça, e o impedimento contínuo de seu retorno à terra natal constituem crimes contra a humanidade».
«São os crimes mais graves pelos quais um Estado pode ser responsável. Trata-se de um crime colonial contínuo, enquanto eles impedirem que os ilhéus de Chagos voltem para casa.»
O governo do Reino Unido disse anteriormente que «não tem dúvidas» quanto à sua reivindicação sobre as ilhas, que estiveram «sob contínua soberania britânica desde 1814».
Mas, em 2022, concordou em começar a negociar o futuro do território com as Ilhas Maurício, com o então ministro das Relações Exteriores, James Cleverly, dizendo que queria «resolver todas as questões pendentes».
No início deste mês, o governo anunciou que o chefe de gabinete do ex-primeiro-ministro Tony Blair, Jonathan Powell, que desempenhou um papel central na negociação do Acordo de Belfast na Irlanda do Norte, havia sido nomeado para negociar com as Ilhas Maurício sobre o arquipélago.
Em comunicado, o novo ministro das Relações Exteriores, David Lammy — que criticou os governos anteriores por terem «ignorado as opiniões» de vários órgãos da ONU sobre as ilhas durante anos — disse que o Reino Unido estava se esforçando para «chegar a um acordo que proteja os interesses do Reino Unido e dos nossos parceiros», destacando a necessidade de proteger a «operação segura e eficaz a longo prazo da base militar conjunta do Reino Unido e dos EUA».
Matthew Savill, diretor de ciências militares do principal think tank de defesa do Reino Unido, o Royal United Services Institute (Rusi), afirma que Diego Garcia é uma base «extremamente importante», «devido à sua posição no Oceano Índico e às instalações que possui: porto, depósitos e base aérea».
Segundo ele, a instalação mais próxima no Reino Unido fica a cerca de 3.400 km de distância, e para os EUA, a quase 4.800 km, sendo que a ilha também é um local importante para «operações de rastreamento e observação espacial».
Os aviões de abastecimento que operavam em Diego Garcia reabasteceram os bombardeiros B-2 americanos lançados dos EUA para realizar os primeiros ataques aéreos no Afeganistão após os atentados de 11 de setembro. E, durante a subsequente «guerra ao terror», aeronaves também decolaram diretamente da ilha com destino ao Afeganistão e ao Iraque.
A base também faz parte de um «número extremamente limitado de locais disponíveis em todo o mundo para recarregar submarinos» com armamento, como mísseis Tomahawk, diz Savill. E os EUA posicionaram uma grande quantidade de equipamentos e depósitos ali para contingências.
Walter Ladwig III, professor de relações internacionais na Universidade King’s College London, no Reino Unido, concorda que a base desempenha «muitos papéis importantes» — mas que «existe um nível de sigilo que parece ir além do que vemos em outros locais».
«Tem havido um hiperfoco no controle e na limitação do acesso, o que… parece ir além, dado o que sabemos publicamente sobre os ativos, capacidades e unidades que estão baseados lá.»
Durante minha estada na ilha, sou obrigada a usar um crachá de visitante vermelho, e sou monitorada de perto o tempo todo. Minha acomodação é vigiada 24 horas por dia, e os homens do lado de fora anotam quando eu saio e volto — sempre sob escolta.
Em meados da década de 1980, o jornalista britânico Simon Winchester fingiu que seu barco havia tido problemas perto da ilha. Ele permaneceu na baía por cerca de dois dias — e conseguiu pisar brevemente na costa, antes de ser escoltado e dizerem a ele: «Vá embora, e não volte».
Ele me contou que se lembra das autoridades britânicas de lá serem «incrivelmente hostis», e da ilha ser «extraordinariamente bela». Mais de duas décadas depois, um jornalista da revista Time passou cerca de 90 minutos na ilha, quando o avião presidencial dos EUA parou lá para reabastecer.
Há muito tempo circulam rumores sobre os usos de Diego Garcia, incluindo que a ilha foi usada como uma base clandestina da CIA — para deter e interrogar suspeitos de terrorismo.
O governo do Reino Unido confirmou, em 2008, que «voos de rendição» — usados para transportar suspeitos de terrorismo — pousaram no território em 2002, após anos de garantias de que não haviam pousado.
«Os detentos não saíram do avião, e o governo dos EUA nos garantiu que nenhum detento americano jamais foi mantido em Diego Garcia. As investigações dos EUA não mostram nenhum registro de qualquer outro voo de rendição por meio de Diego Garcia ou qualquer outro Território Ultramarino ou por meio do próprio Reino Unido desde então», disse o então ministro de Relações Exteriores, David Miliband, ao Parlamento na época.
No mesmo dia, o ex-diretor da CIA Michael Hayden disse que as informações anteriormente «fornecidas de boa fé» ao Reino Unido sobre voos de rendição — afirmando que nunca haviam pousado lá — «se revelaram equivocadas».
«Nenhum desses indivíduos jamais fez parte do programa de interrogatório de terroristas de alto valor da CIA. Um deles acabou sendo transferido para Guantánamo, e o outro foi devolvido ao seu país de origem. Estas foram operações de rendição, nada mais», ele disse, ao mesmo tempo em que negou as alegações de que a CIA tivesse uma instalação de detenção em Diego Garcia.
Anos mais tarde, Lawrence Wilkerson, chefe de gabinete do ex-secretário de Estado dos EUA Colin Powell, disse à Vice News que fontes de inteligência haviam dito a ele que a ilha de Diego Garcia havia sido usada como um local «onde as pessoas eram temporariamente alojadas e interrogadas de tempos em tempos».
Não me foi permitido chegar perto de nenhuma das áreas militares secretas de Diego Garcia.
Depois de deixar minha acomodação na ilha pela última vez, recebi um e-mail agradecendo pela minha estadia recente e pedindo um feedback. «Queremos que cada visitante tenha nada menos que uma experiência acolhedora e confortável», dizia o e-mail.
Antes de embarcar, meu passaporte foi carimbado com o brasão de armas do território. Seu lema diz: In tutela nostra Limuria, que significa algo como «Lemúria está sob nossa responsabilidade» — uma referência ao mítico continente perdido no Oceano Índico.
Um continente que não existe parece ser um símbolo adequado para uma ilha cujo status legal está em cheque — e que poucos, desde que os ilhéus de Chagos foram expulsos, tiveram permissão para ver.
Em relação ao julgamento sobre o tratamento dado aos tâmeis do Sri Lanka na ilha, a expectativa é de que a decisão seja proferida em breve.