Dólar chega a R$ 6,07 e bate novo recorde histórico, com dados dos EUA e acordo Mercosul-UE
A moeda norte-americana avançou 1% nesta sexta-feira, cotada a R$ 6,0713. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira recuou 1,50%, aos 125.946 pontos.
Por Redação g1 — São Paulo
— Foto: Karolina Grabowska/Pexels
O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (6) e atingiu mais um recorde de valor nominal: R$ 6,0713. Até então, o maior valor de fechamento havia sido registrado na última segunda-feira (2), quando encerrou a R$ 6,06.
A moeda norte-americana avançou 1% sobre o real na sessão de hoje. Na semana, acumulou alta de 1,18%. Em 2024, a alta passa dos 25%.
Nesta sexta, investidores repercutiram novos dados de emprego dos Estados Unidos e o novo acordo entre o Mercosul e a União Europeia.
Nos EUA, o payroll, principal relatório de emprego do país, registrou a abertura de 227 mil vagas de emprego no mês passado, acima do esperado pelos economistas. O número é considerado uma métrica importante para o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em suas decisões de juros.
Por aqui, o destaque ficou com a conclusão do acordo do bloco sul-americano com a União Europeia, após de 25 anos de negociação. O acerto foi anunciado durante a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, em Montevidéu, no Uruguai.
A Associação Mercosul-União Europeia visa fortalecer a relação entre os países dos dois blocos e, entre outros pontos, facilitar o comércio de bens e produtos entre as duas regiões. (Entenda mais abaixo)
O cenário fiscal também segue monitorado de perto pelos investidores, em meio à tramitação do pacote fiscal e com a expectativa de que a liberação de emendas parlamentares possa acelerar o processo nas próximas semanas.
Por fim, o mercado ainda aguarda a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), previsto para a próxima semana. A estimativa é que o colegiado deva aplicar uma nova alta na taxa básica de juros, a Selic.